
(O curioso caso de Benjamin Button )
não tenho medo da morte
mas sim medo de morrer
qual seria a diferença
você há de perguntar
é que a morte já é depois
que eu deixar de respirar
morrer ainda é aqui
na vida, no sol, no ar
ainda pode haver dor
ou vontade de mijar
a morte já é depois
já não haverá ninguém
como eu aqui agora
pensando sobre o além
já não haverá o além
o além já será então
não terei pé nem cabeça
nem figado, nem pulmão
como poderei ter medo
se não terei coração?
não tenho medo da morte
mas medo de morrer, sim
a morte e depois de mim
mas quem vai morrer sou eu
o derradeiro ato meu
e eu terei de estar presente
assim como um presidente
dando posse ao sucessor
terei que morrer vivendo
sabendo que já me vou
então nesse instante sim
sofrerei quem sabe um choque
um piripaque, ou um baque
um calafrio ou um toque
coisas naturais da vida
como comer, caminhar
morrer de morte matada
morrer de morte morrida
quem sabe eu sinta saudade
como em qualquer despedida.
GIL EH FODA!
Não tenho medo da vida, mas, sim, medo de viver
Eis a loucura assumida, você há de imaginar
É que a vida atou-se a mim desde o dia em que eu nasci
Viver tornou-se, outrossim, o modo de desatar
Viver tornou-se o dever de me desembaraçar
A vida é somente um dom independente de quem
Seja capaz de gritar seu nome, alto e bom som
A vida seria um tom, uma altura a se atingir
Viver é saber subir, alcançar a nota lá
Lá no ponto de ferir, se preciso, até sangrar
Não tenho medo da vida, mas medo de viver, sim
A vida é um dado em si, mas viver é que é o nó
Toda vez que vejo um nó, sempre me assalta o temor
Saberei como afrouxá-lo, desatá-lo eu saberei?
A vida é simples, eu sei, mas viver traz tanta dor!
A dor na carne e na alma, a calma a se propagar
A durar dia após dia, a varar noite, a dormir
A ver o amor a vir a ser, a ter e a tornar
A amanhecer de novo e de novo um novo dia…
Isso às vezes me agonia, às vezes me faz chorar
GIL EH FODA!
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro! Perceber da onde veio a vida,Por onde entrei deve haver uma saída,Mas tudo fica sustentado pela fé!Na verdade ninguém sabe o que é! Velhinhos são crianças nascidas faz tempo! Com água e farinha eu colo figurinha e foto em documento! Escola é onde a gente aprende palavrão... Tambor no meu peito faz o batuque do meu coração! Mas eu não sei na verdade quem eu sou Já tentei calcular o meu valor, Mas sempre encontro o sorriso e o meu paraíso é onde estou! Eu não sei na verdade quem eu sou! Descobri que a cada minuto Tem um olho chorando de alegria e outro chorando de luto Tem louco pulando o muro, tem corpo pegando doençaTem gente rezando no escuro, tem gente sentindo ausência! (TM)
(Caio F.)
Ainda tenho em minha cabeça cada momento que me disse eu te amo, cada olhar seu em minha direção; cada vez que disse meu nome ainda esta em meus pensamentos como se fosse ontem.
Choro quando me lembro que um dia tive voce em meus braços, e me castigo cada vez que percebo que fiz muito mal ao meu coração em te perder. Ainda te amo!"
Andre Felippe G